Logan MacLynn - A Caminho do Oeste__Capítulo 1

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Espero que gostem...do capítulo curtinho, se aprovaram escrevo mais, :sombrero:


Capitulo 1

Aquele que vagava pelo deserto era um homem vazio...
Havia muito tempo que vagava pelo deserto, mas já estava quase chegando à Califórnia. Na mão, de tempos em tempos olhava a bússola que seu velho amigo, Pepe, um mexicano cabeça dura, lhe dera. Era difícil saber em que direção estava indo, pois naquele lugar tudo era igual. A bússola era simples e se assemelhava a um velho relógio de bolso com corrente, no interior inscrito na tampa estava “não olhe para trás...” como uma ordem. Ordem que ele seguiu sem remorsos.

E pensar que há quatro anos...

Aquela lembrança o fazia rir ironicamente, como as coisas mudam. Há quatro anos Bruce Smith era xerife do interior da Flórida, homem pouco habilidoso com armas, porém astuto como uma águia e resolvia seus casos sem precisar tocá-la, se bem que não eram casos tão importantes assim, a briga de vizinhos por uma galhinha, às vezes um roubo. Tinha um coração sonhador, acreditava que o momento que parece ser capaz de mudar a si e até mesmo ao mundo estava sempre ao seu lado, quanto a isso ele estava certo, por isso ele escolhera ser xerife, rapaz airoso, sempre bem barbeado mas ostentando bigode negro bem aparado. Ele logo ganhou a confiança das pessoas do povoando onde vivia.

Ele era casado com uma bela mulher, Mary Alcott, tinha olhos meigos longos cabelos castanhos, corpo esbelto!, Era doce e gentil, tudo o que ele sempre quis, porém era de saúde fraca, estava grávida de 3 meses.

A pequena vila onde eles moravam chamava-se London Ville, um lugar onde muitas histórias se contavam a respeito de Louis Dickens, claro todas sempre aos sussurros, pois caso a calunia chegasse aos ouvidos do mestre, tal pessoa desapareceria da cidade, Smith sabia dessas historias e há muito tempo investigava, mas era difícil fazê-lo com um homem esquivo como o senhor Dickens, principalmente agora que era inverno e Mary apenas piorava, ele estava com a cabeça cheia, o médico que ele chamou para cuidar dela era de outra cidade, pois na pequena vila não havia médicos, e não podia vir sempre, segundo ele, ela tinha pneumonia, e com a gravidez as coisas pioravam, as ordens eram: repouso absoluto, Smith sentia se fraco, débil, impotente por não poder ajudar a mulher que passava o dia aos cuidados de uma empregada, piorando cada vez mais, a noite não podia tocá-la, sentir seus carinhos, sentia-se só.

Naquele dia, antes de sair da delegacia, despediu-se de seus companheiros. Quando ia embora avistou um garoto chamando pelo seu nome, que trouxe a ele um recado, entregou o papel ao xerife e ficou a esperar a resposta, vendo que era urgente Smith o leu, viu que estava escrito com letra recortadas do jornal e dizia:


“se zela por aqueles que ama, xerife, pediria que o senhor para parar se de buscar a resposta, pois ela apenas o fara mal, a si a sua bela mulher. O que me diz?”

A mensagem não o assustou, sabia de quem era, tivera um dia cheio a última coisa da precisava era de ameaças de morte.

__Quem lhe entregou o recado? – perguntou ele ao garoto.

__Sinto muito, senhor, mas é o senhor sabe quem...

__entendo, tome... – dando um quarter ao garoto – ...volte para casa – olhando em volta sentindo que estava sendo observado.

__sinto muito senhor, mas aguardo resposta...

__responda que não...

Com aquelas palavras o garoto saiu correndo com suas calças frouxas dobrou a esquina e sumiu, ele sabia dos riscos mas não podia desistir agora, se ele se deu ao trabalho de lha dar um aviso é por que está mais perto do que imagina, enquanto tinha esse pensamento Smith estava com as mãos no queixo, mas logo desfez a pose afinal não queira pensar nisso agora, a noite era de lua cheia, e ainda havia um lugar onde ele pretendia ir antes de chegar em casa.


A continuação =/

O dia estava acabando, por sorte ele encontrou um lago bem a tempo, havia três dias que não tomava banho. Durante esses dias não dormiu, e se alimentou mal. o burro também precisava descansar.

Encontrou alguns gravetos e fez um fogo fraco com eles, comeu um pouco de carne seca que trazia consigo. Em seguida lavou-se o melhor que pode e sentiu sua barba, como estava grande! Quando chegasse a Califórnia seria a quinta coisa que iria fazer! Mary Gostava que seu rosto estivesse sempre liso, lembrou, lembrança que lhe deu certo pesar, encostou-se em uma pedra e passou a olhar para o céu, como era lindo, cheio de estrelas. Infinitas, ele já tentava contá-las sempre que encontrava um lago, mas sempre se perdida a certo ponto. Mary gostava de contá-las, ele sempre achou aquilo uma grande bobagem.

_Mary...- falou para o nada.

Como ele se sentia culpado. Na noite em que ele recebeu o bilhete, não foi para casa e sim para um Salão, lá havia muitas dançarinas, homens bebendo. Quando raramente aparecia, era com os amigos, mas agora o motivo era diferente, havia uma dançarina, Maria, que sempre lhe oferecia favores...por assim dizer, ele sempre recusava animadamente, e aquela foi a primeira noite em que aceitou. Entrou no salão sentindo-se envergonhado, esperou que ninguém notasse sua presença e subiu para o quarto, a dançarina estava a sua espera, ao vê-lo começou a acariciá-lo.

Smith sabia que ao sair daquele quarto iria se sentir mais culpado, porém Mary estava muito doente, grávida, era mais difícil do que parecia ele temia por ela, lhe apoiava da melhor forma que podia, estava sempre ao seu lado porem também se sentia sozinho, débil, fraco e precisava de alguém que lhe desse um pouco de carinho, como dito ele estava sempre ao seu lado menos naquele momento.

Um homem que estava seguindo Smith, o viu entrar no salão e deu o sinal, o Xerife morava longe da cidade, e não sairia daquele salão tão cedo.
Assim que o sinal foi repassado um homem com um casaco preto com um lenço castanho cobrindo seu rosto. Se esgueirando pela casa espalhou combustível ao redor. A noite estava escura como breu e não era possível ver coisa alguma. Mary dormia calmamente, pois sabia que o marido iria chegar tarde naquela noite, o homem que agora estava a certa distancia da casa acendeu um fósforo que reluziu como um clarão, o levou próximo ao seu rosto mostrando a expressão de prazer que sentia fazendo aquilo, matando pessoas, jogou o fósforo que para ele foi caindo lentamente, mas ao tocar o liquido tudo se acendeu em um piscar de olhos.


Por erro no calculo, enquanto o homem apreciava sua nova obra de arte, um empregado da casa, que tinha a noite folga, pequeno e robusto, visivelmente embriagado, estava se aproximando da casa a de longe a viu em meio as chamas, sua primeira reação foi sair correndo de volta a vila para pedir ajuda, o que levou tempo, principalmente pelo fato de estar bêbado. Ao chegar a vila saiu correndo pela ruela pedindo ajuda, gritando:

_fogo, fogo!!!!

Todos acordavam assustados pela gritaria, alguns homens o acudiram pedindo para que se acalmasse, levaram no para o salão e lhe serviram um copo de whisky, o homem falou desesperado.


_a casa d-d-do xerife, está em CHAMAS!!


Nesse momento Smith estava descendo as escadas, e ouviu tudo o que foi dito. O xerife saiu correndo, pegou seu cavalo e galopou tão rápido e desesperadamente quanto nunca na vida. ao chegar, a casa que já estava completamente consumida pelas chamas, desceu de seu cavalo, mas as pernas fraquejaram e ele caiu de joelhos.

_Mary... – disse a voz baixa e as lagrimas escorriam em seus olhos – MARY!....

O grito de desespero ecoou pelo vale, nada mais podia ser feito, não, ainda havia uma coisa, ele sabia muito bem que tinha feito isso. Ia matá-lo.

Logan havia pegado no sono, odiava dormir, simplesmente por que tinha sempre o mesmo sonho, com a morte de sua esposa, de repente acordou, como sempre, gritando o nome de Mary... Que ecoava sempre mais forte cada vez que gritava. O antigo ódio ressurgiu e o deixou irritado, arrumou as coisas e puxou seu cavalo, continuou seu caminho:

_Nesse ritmo, chegaremos a Califórnia em 10 dias... - falou a seu burro, - não preciso dormir...
 
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