DeletedUser
Convidado
ABUTRES...
Daquele inferno escaldante, talvez a única saída fosse a que lhe disseram desde antes de sair a viagem... a morte!
O suor descia por baixo ao chapéu... escorria-lhe a testa caindo-lhe aos olhos, dificultando ainda mais sua visão...
Falcão Negro... seu único e fiel amigo daquela terra de ninguém, mal conseguia retirar suas patas da areia fervente e render-lhe alguma progressão. Até que um ponto negro surgiu-lhe ao horizonte e crescia quase que inotavelmente... era realmente Ghayort... haveria de ser... um dos únicos lugares que poderiam se chamar de "Cidade do Oeste", e isso graças a um banco, a um coveiro misterioso e um homem sem algum prestígio que atendia pelo nome de Xerife Ray.
... Nem Tyller Wood poderia acreditar que conseguira fechar aquela incansável jornada... e a alma daquela cidade dizia concretamente porque aquilo se chamava deserto... não se ouvia nada, a não ser o ranger das dobradiças da porta da taberna, que expressava seu vai-e-vem eterno, sem tão pouco sair do lugar... exatamente como a esperança daqueles que morriam acreditando um dia ver a evolução de Ghayort... pobres demônios... aquilo era o limite para aquele lugar.
Amarrou Falcão Negro na encosta, não havia muito por ali... mas estava as condições mínimas de recuperar-se da viagem... sombra, água não muito fresca e um pouco de alfafa seca...
Naqueles locais, os mais experientes cumpriam a tradição... visita a Ghayort só poderia ser por um motivo... dinheiro. E Tyller Wood tratou logo de garantir a segurança do seu. Dirigiu-se ao banco... adentrou a porta lentamente... seus olhos varriam toda a extensão do recinto, buscando cada detalhe.
Havia 2 homens à porta...um terceiro estava a sair e um quarto elemento de cabeça baixa deixava o chapéu cobrir-lhe a face, estava a aproximadamente uns 4 metros do balcão... e um quinto e último homem estava às costa no fundo do banco... o que poderia ser realmente um mal sinal... estava cercado.
Retirou o saco de moedas de ouro à cintura e lentamente o repousava sobre o balcão... mover-se lentamente ou até mesmo permanecer estátivo era a lei nessa hora... qualquer movimento brusco poderia representar a passagem sem volta... Tyller Wood estava a baixar o depósito por sobre o balcão quando ouviu-se 3 estampidos... 3 disparos e um breve silêncio... até que o homem que estava um pouco afastado do balcão deixou cair a arma, e logo em seguida caiu ao chão... com 3 belos buracos à testa.
Um dos homens estavam pasmos... tinha certeza que Tyller Wood havia entrado ao banco sem armas nas mãos... e por momento viu um cano brilhante, feito o olhar de um lobo faminto, por entre o saco de moedas e a cintura de Tyller.
Por Deus... quando ele havia sacado a arma?! Ninguém sequer notou...
O homem tornou a disfarçar e tentar ver mais uma vez a arma... ela já não estava mais à vista... e quando havia colocado de volta a cintura?! Ninguém conseguira notar novamente... antes tudo bem, mas agora, como pode fazer isso... todos sabiam que ele iria recolher a arma, mesmo assim ninguém conseguiu notar o momento.
Tyller abriu o saco de moedas e sacou 10 delas... tornou a amarrar ao saco e disse ao banqueiro;
"- Espero que estejam bem guardadas!"
Quando em saída notou que o quinto homem que havia avistado estava em uma capa preta que lhe cobria todo o corpo e uma longa cartola preta... de certeza, era o coveiro da cidade... dirigiu-se ao homem, estendeu-lhe as mãos e deixou cair à palma da sua as 10 moedas de ouro. Virou-se e saiu lentamente, dizendo apenas:
"- Enterre esse pobre diabo... ele não tem muito mais o que fazer por aqui!"
Tyller dirigiu-se ao centro da pequena cidade, olhou o hotel, não era grande coisa... mas a momento era tudo que precisava. Já caminhava em sua direção quando notou a loja que em sua última visita não estava por ali... sorriu entre os dentes ao perceber que aquele local ainda respirava... lentamente... mas respirava evolução. Queria retornar logo à sua cidade... mas não poderia arriscar uma volta por 2 únicos motivos:
1º) Era preciso repousar antes... só um louco arriscaria retorno imediato... estava a passo de suicídio quem o fizesse.
2º) E outro não menos importante. "AINDA HAVIA MAIS O QUE FAZER POR ALI".
To be continued
Daquele inferno escaldante, talvez a única saída fosse a que lhe disseram desde antes de sair a viagem... a morte!
O suor descia por baixo ao chapéu... escorria-lhe a testa caindo-lhe aos olhos, dificultando ainda mais sua visão...
Falcão Negro... seu único e fiel amigo daquela terra de ninguém, mal conseguia retirar suas patas da areia fervente e render-lhe alguma progressão. Até que um ponto negro surgiu-lhe ao horizonte e crescia quase que inotavelmente... era realmente Ghayort... haveria de ser... um dos únicos lugares que poderiam se chamar de "Cidade do Oeste", e isso graças a um banco, a um coveiro misterioso e um homem sem algum prestígio que atendia pelo nome de Xerife Ray.
... Nem Tyller Wood poderia acreditar que conseguira fechar aquela incansável jornada... e a alma daquela cidade dizia concretamente porque aquilo se chamava deserto... não se ouvia nada, a não ser o ranger das dobradiças da porta da taberna, que expressava seu vai-e-vem eterno, sem tão pouco sair do lugar... exatamente como a esperança daqueles que morriam acreditando um dia ver a evolução de Ghayort... pobres demônios... aquilo era o limite para aquele lugar.
Amarrou Falcão Negro na encosta, não havia muito por ali... mas estava as condições mínimas de recuperar-se da viagem... sombra, água não muito fresca e um pouco de alfafa seca...
Naqueles locais, os mais experientes cumpriam a tradição... visita a Ghayort só poderia ser por um motivo... dinheiro. E Tyller Wood tratou logo de garantir a segurança do seu. Dirigiu-se ao banco... adentrou a porta lentamente... seus olhos varriam toda a extensão do recinto, buscando cada detalhe.
Havia 2 homens à porta...um terceiro estava a sair e um quarto elemento de cabeça baixa deixava o chapéu cobrir-lhe a face, estava a aproximadamente uns 4 metros do balcão... e um quinto e último homem estava às costa no fundo do banco... o que poderia ser realmente um mal sinal... estava cercado.
Retirou o saco de moedas de ouro à cintura e lentamente o repousava sobre o balcão... mover-se lentamente ou até mesmo permanecer estátivo era a lei nessa hora... qualquer movimento brusco poderia representar a passagem sem volta... Tyller Wood estava a baixar o depósito por sobre o balcão quando ouviu-se 3 estampidos... 3 disparos e um breve silêncio... até que o homem que estava um pouco afastado do balcão deixou cair a arma, e logo em seguida caiu ao chão... com 3 belos buracos à testa.
Um dos homens estavam pasmos... tinha certeza que Tyller Wood havia entrado ao banco sem armas nas mãos... e por momento viu um cano brilhante, feito o olhar de um lobo faminto, por entre o saco de moedas e a cintura de Tyller.
Por Deus... quando ele havia sacado a arma?! Ninguém sequer notou...
O homem tornou a disfarçar e tentar ver mais uma vez a arma... ela já não estava mais à vista... e quando havia colocado de volta a cintura?! Ninguém conseguira notar novamente... antes tudo bem, mas agora, como pode fazer isso... todos sabiam que ele iria recolher a arma, mesmo assim ninguém conseguiu notar o momento.
Tyller abriu o saco de moedas e sacou 10 delas... tornou a amarrar ao saco e disse ao banqueiro;
"- Espero que estejam bem guardadas!"
Quando em saída notou que o quinto homem que havia avistado estava em uma capa preta que lhe cobria todo o corpo e uma longa cartola preta... de certeza, era o coveiro da cidade... dirigiu-se ao homem, estendeu-lhe as mãos e deixou cair à palma da sua as 10 moedas de ouro. Virou-se e saiu lentamente, dizendo apenas:
"- Enterre esse pobre diabo... ele não tem muito mais o que fazer por aqui!"
Tyller dirigiu-se ao centro da pequena cidade, olhou o hotel, não era grande coisa... mas a momento era tudo que precisava. Já caminhava em sua direção quando notou a loja que em sua última visita não estava por ali... sorriu entre os dentes ao perceber que aquele local ainda respirava... lentamente... mas respirava evolução. Queria retornar logo à sua cidade... mas não poderia arriscar uma volta por 2 únicos motivos:
1º) Era preciso repousar antes... só um louco arriscaria retorno imediato... estava a passo de suicídio quem o fizesse.
2º) E outro não menos importante. "AINDA HAVIA MAIS O QUE FAZER POR ALI".
To be continued
